terça-feira, 31 de agosto de 2010

TAO

O Tao, por Humberto Rohden, é a Realidade Insondavel, o Brahman Absoluto, a Divindade Transcendente, que, como tal não é acessível ao nosso conhecimento finito. Tao o Ser Ontológico, ultrapassa o nosso conhecer lógico. Só conhecemos a Divindade Transcendente na forma do Deus Imanente. O nosso conhecer finito finitiza o Ser Infinito.

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O Tao pode ser considerado a Divindade, O Absoluto, o Infinito, o Eterno, o Insondável, o Uno, o Todo, a Fonte, a Causa, a Realidade, a Alma do Universo, a Vida, a Inteligência Cósmica, A Consciência Universal, etc.

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Deus, Brahman, Yahveh, Tao - que é que se entende por esta palavra?

Para muitos, deus é uma espécie de ditador celeste, uma pessoa que vigia os homens de longe e registra os seus créditos e débitos, premiando-os ou castigando-os depois da morte, mandando os bons para um céu eterno e os maus para um inferno eterno.

Esse infantilismo primitivo domina as teologias cristãs de quase dois mil anos e, embora haja grande variantes dessa concepção de Deus, no fundo é essa idéia antropomorfa.

Entretanto, essa concepção nada tem que ver com Tao.
No seu livro
Mein Wetbild, descreve Einstein, maravilhosamente, três tipos de concepção de deus:1) o conceito do Deus-máquina, entre os povos mais primitivos:2) o conceito do Deus-pessoa, entre os hebreus do Antigo Testamento, em geral, e entre os cristãos de todos os tempos e países:3) o conceito do Deus-cósmico, professado por uns poucos místicos avançados, cujos representantes ultrapassam igreja e teologias e encontram-se, esporadicamente, entre todos os povos e em todas as religiões. Einstein enumera, entre os da terceira classe, Demócrito, Francisco de Assis e Spinoza, quer dizer, um pagão, um cristão e um hebreu, dizendo que eles são irmãos na mesma fé.

Lao-Tsé e seu conceito de Tao poderiam ser incluídos no terceiro grupo, dos místicos cosmo-sapientes.

Um comentário:

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